- Marina Viana
- 24 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jun. de 2018

O curioso desse estilo é que ele não surgiu tanto por uma questão artística, mas sim por uma necessidade. O estilo industrial teve origem entre as décadas de 1950 e 1970 nos Estados Unidos, como resultado da bolha imobiliária – resumidamente, é quando o preço de um bem começa a subir de forma exagerada - desencadeada no país. A partir disso, espaços como fábricas antigas, galpões e estúdios foram transformados em casas, sem que sua estética fosse alterada.
O palco principal para o desenvolvimento desse estilo foi a cidade de Nova York, cuja urbanização resultava em preços ainda mais altos para os imóveis convencionais. A estrutura desses novos formatos de moradia era bastante austera, afinal, costumavam ser lugares de trabalho. Tijolos aparentes, instalações elétricas e hidráulicas também visíveis, além de bastante concreto, metal e vidro são algumas das características mais marcantes do estilo industrial.
A proposta desse estilo gerou, como consequência, os lofts. O design industrial se estendeu para além dos anos 70 e se mantém extremamente presente nas decorações atuais, inclusive sendo um dos favoritos. Ele segue a mesma estética – talvez com pequenas mudanças ao longo dos anos – e, além de ser aplicado em moradias, também é empregado em escritórios e edifícios comerciais.

A arquitetura do estilo industrial é baseada principalmente na ideia de plantas livres, ou seja, estruturas amplas, que quase não tenham paredes e cuja divisão é feita com os próprios móveis ou com artigos decorativos. Isso contribui para a criação de espaços integrados, com aparência moderna e funcional. Por exemplo, a cozinha pode ser separada da sala apenas por luminárias pendentes; ou a sala do quarto por uma estante.
As tubulações aparentes, como já foi dito, são marcantes nos ambientes que seguem esse estilo; outro traço muito valorizado são as janelas e portas bem amplas e geralmente feitas com metal, ferro e vidro, para permitir o máximo de entrada da luz natural nos espaços. Em relação ao piso nesse tipo de decoração, são muito comuns os pisos de cimento queimado, concreto e também madeira; mas atualmente, o mercado oferece alternativas que reproduzem o aspecto visual da alvenaria, porém garantindo mais segurança e durabilidade.

A decoração em si deve manter o equilíbrio entre peças vintage, modernas e elementos industriais, de fato. Os resultados ficam incríveis quando se acerta na combinação entre câmeras antigas, estantes desgastadas, luminárias modernas e coloridas, poltronas, engrenagens e/ou roldanas. O cuidado que se deve ter é assegurar que as peças dialoguem entre si e também que o espaço não fique carregado visualmente.
Um dos pontos interessantes do estilo industrial é a reutilização de items, que é algo muito presente. Por exemplo, é possível utilizar caixotes de madeira e transformá-los em mesas, armários antigos para guardar coisas, escadas desgastadas podem virar prateleiras, além de outras coisas. Esse é um estilo que, a princípio, pode não parecer tão convidativo, mas à medida que se consegue uma harmonia na disposição dos elementos, os espaços com design industrial se tornam extremamente sofisticados e aconchegantes.